فاجعل أفئدة من الناس تهوي إليهم، فالشوق والحنين إلى بيت الله الحرام الذي نؤمه كل يوم وليلة خمس مرات، وتتصل قلوبنا به عند كل صلاة، وتحن إليه أفئدتنا، وتهفوا إليه مشاعرنا وأحاسيسنا
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A Filosofia Pura é a filosofia daqueles que admiravam a filosofia grega e se dedicaram no seu estudo, explicação e análise e também escreveram de acordo com sua linha
A Filosofia Pura é a filosofia daqueles que admiravam a filosofia grega e se dedicaram no seu estudo, explicação e análise e também escreveram de acordo com sua linha, como Al-Kindi, Al Farabi, Ibn Sina, Ibn Rushd, Ibn Bajah[1] e Ibn Tufayil[2]. Este grupo de filósofos muçulmanos foram uma luz com a qual o mundo e a civilizacão ocidental se iluminaram. A seguir, um resumo da vida de alguns desses filósofos muçulmanos:
1) Al-Kindi:
Ele é Abu Yusuf Ya'qub ibn Is-haaq Al-Kindi, Al Kufi (185-256 dH/805-873 dC). Muitos estudiosos consideram Al-Kindi o fundador da filosofia árabe islâmica. Al-Kindi mereceu o título de “o filósofo dos árabes”, pois deixou mais de duas centenas de livros sobre várias ciências. Dentre esses livros, um dos mais importantes sobre filosofia foi o seu valioso livro: (Al-Falsafah al-Ula fima duna al-tabi'yat wa al-Tawhid) (A Filosofia Primeira abaixo da natureza e o monoteísmo).
Al-Kindi lançou as bases para explicar o problema do livre-arbítrio de uma forma filosófica. Al-Kindi percebeu que a verdadeira ação não foi o resultado de uma intenção e vontade e que a vontade do homem é uma força psicológica movida pelos pensamentos. Al-Kindi acredita na “causalidade” (as ações têm uma causa). Al-Kindi sublinhou também a idéia da Providência Divina sob a qual o universo está sujeito a regras fixas[3].
Al-Kindi também estudou matemática e astronomia, escreveu livros sobre medicina e medicamentos e também deixou sua marca na geografia, química, mecânica e música. Alguns orientalistas o consideraram uma das doze figuras que representavam o auge do pensamento humano[4].
2) Al-Farabi:
Ele é Abu Nasr Muhammad Ibn Tarhan Al-Farabi (259-339 dH/872-950 dD). É considerado um dos maiores filósofos muçulmanos. Al-Farabi é conhecido como o segundo mestre, por ter estudado e explicado os livros de Aristóteles, o primeiro mestre. Nas mãos de Al-Farabu a filosofia aristotélica atingiu ponto mais alto do desenvolvimento. Al-Farabi era conhecido entre os europeus como (Alpharabius), porque graças à sua explicação, idéias e estilo ele conseguiu aproximar a filosofia grega ao pensamento islâmico, o que não aconteceu antes nas mãos de Al-Kindi[5].
Um dos livros mais famosos e importantes de Al-Farabi é: (Ara Ahl al-Madina Al-Fadilah) (As opiniões dos moradores da cidade ideal), no qual ele explicou o sistema ideal da sociedade humana e tentou explicar os diversos aspectos do Islam e as múltiplas faces da cultura árabe e islâmica, à luz de sua própria filosofia. Al-Farabi pesquisou na ciência da teologia, da crença, fiqh (jurisprudência islâmica) e legislação. Seus livros foram traduzidos para o latim nos tempos medievais e foram publicados em Paris em (1638 dC) e tiveram um grande impacto filosófico na Europa[6].
3) Ibn Sina:
Ele é Abu Ali al-Husayn Ibn Abdallah Ibn Sina (370-428 dH/980-1037 dC). Ele era conhecido como Al-Sheikh Al-ra'is (o sheikh líder, ou o líder entre os homens sábios) e era conhecido como o terceiro mestre, depois de Aristóteles e Al-Farabi. Sua fama como médico não foi menor que sua fama como filósofo. Sarton considerou-o como um dos maiores estudiosos do Islam e um dos mais famosos estudiosos internacionais. Ibn Sina é autor de muitos livros em filosofia que atestam a sua destreza na elaboração e desenvolvimento da filosofia. Alguns deles foram traduzidos para línguas européias, dentre os mais importantes: Al-Shifaa (A Cura), no qual ele reuniu as ciências da filosofia; Al-Najah (O Sucesso), que foi a súmula de Al-Shifaa; Al-Isharat wa'l-tanbih (As Observações e a Advertência); nove mensagens de sabedoria e outros.[7]
4) Ibn Rushd:
Ele é Abu al-Walid Muhammad Ibn Ahmad Ibn Rushd Al-Qurtubi Al-Andalusi (falecido em 595 dH/1198 dC). Ibn Rushd é considerado um dos maiores filósofos muçulmanos na Andaluzia e um dos maiores explicadores da filosofia de Aristóteles o ponto de ser conhecido como “Al-Sharih” (O explicador). Ibn Rushd foi quem diferenciou entre os ensinamentos de Aristóteles e Platão. Ibn Rushd foi também distinguido com o exame cuidadoso das matérias, a ponto de não aceitar muitas das opiniões de Aristóteles, que não concordam com a religião.
O Ocidente copiou a filosofia de Ibn Rushd em sua totalidade. A filosofia de Ibn Rushd abriu a porta da investigação e discussão para o pensamento filosófico europeu. A escola de “Al-Rushdiyah” surgiu entre os europeus na adoção da racionalidade na pesquisa. Dentre os seus livros importantes: Fasl al-maqal fima bayn Al-hikma wa al-shariyah min al-itisal (conhecido em Inglês como: a harmonia entre a Religião e a Filosofia); Manahij al-adillah fi Á'qaid al-millah (Os métodos da provas nos ensinamentos da Religião)[8].
Em geral, a filosofia islâmica é considerada uma continuação do pensamento humano, ainda mais, representa um progresso para ele em alguns aspectos porque a filosofia islâmica assimilou das filosofias antigas e, em seguida, contribuiu para o seu aperfeiçoamento e acrescentou inovações a elas e abriu o caminho para as outras filosofias que vieram depois, empurrou a filosofia cristã fortemente para a frente, disparou o renascimento europeu e alimentou seus homens nos tempos modernos.
A influência da filosofia islâmica pode ser apontada de maneira objetiva no fato de ter levantado muitas questões e problemas na Europa, que ganharam a atenção de universidades e institutos e foram os temas de pesquisas, estudos e livros e ocupou diferentes ambientes culturais. Dentre estas questões: a alma e sua realidade, a teoria do conhecimento, o problema da antiguidade do mundo, a teoria da emanação, os atributos do Criador, o problema da Providência Divina, o bem e o mal, o problema da existência e da identidade ou o possível e o obrigatório, etc[9].
[1] Ibn Bajah Al-Andalusi: Ele é Abu Bakr Muhammad Ibn Yahiya Ibn Bajah (falecido em 533 dH/1139 dC), filósofo apaixonado pelos naturalismos, astronomia, medicina e poesia. Um de seus livros: "Itisal al-a'qal" (ligação da mente). Veja: Ibn Khalkan: wafiyat Al-Ayan, 4 / 429.
[2] Ibn Tufayil: Abu Bakr Muhammad Ibn Abd-al-Malik Ibn Muhammad Ibn Muhammad Ibn Tufayil Al-Qaysi Al-Andalusi, (494-581 dH / 1100-1185 dC), médico, filósofo e poeta, trabalhou em na esplanada do califa Al-Muwahidi Abu Yusuf Ya'qub, autor da história de Hay Ibn Yaqzan. Veja: Al-Zirikli: Al-A'lam 6 / 249.
[3] Ibrahim Madkur: Fi al-Falsafah al-Islamiyah (sobre a filosofia islâmica) 2 / 144.
[4] Veja: Qadri Hafiz Tawqan: Turath al-Arab Al-Ilmi (A herança científica dos árabes) p 27, e Fawqiyah Mahmud: Maqalat fi asalat al-Mufakir al-muslim (Artigos sobre a originalidade do pensador muçulmano) p 49.
[5] Abd-al-Munim Majid: Tarikh al-hadarah al-Islamiyah fi al-usur al-wusta (A História da civilização islâmica na época medieval), p 224.
[6] Rahim Kazim Muhammad Al-Hashmi e Awatif Muhammad Al-Arabi: Al-Hadarah al-Arabiyah al-Islamiyah (A civilização árabe islâmica), p 188.
[7] Veja: Abd-al-Munim Majid: Tarikh al-hadarah al-Islamiyah fi al-usur al-wustah (A História da civilização islâmica na época medieval), p 225.
[8] Idem, p. 227. Rahim Kazim Muhammad Al-Hashmi e Awatif Muhammad Al-Arabi: Al-hadarah al-Arabiyah al-Islamiyah (A civilização árabe islâmica), p 188.
[9] Veja: Abd-al-Maqsud Abd-al-Ghani: Fi al-Falsafah al-Islamiyah (sobre a filosofia islâmica) p 88.
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